Minha Experiência na Consulta com a Psicóloga: Autoescuta

Esses dias, estava aqui pensando sobre como escolhi a psicologia, e me veio uma onda de memórias da época em que, no meio da adolescência, decidi começar a terapia. Foi um período complicado, lidando com um processo de depressão, e eu não fazia ideia do que esperar ao entrar nessa jornada.

Posso te contar que foi difícil, viu? Encarar tudo o que estava dentro de mim não era fácil, mas acabou sendo crucial para eu entender o que de fato era a tal da psicoterapia. “Quebrei a cara” nas minhas expectativas, descobri que não era só desabafar e receber conselhos, mas muito mais profundo, um encontro com a realidade que eu estava fugindo: EU MESMA.

Então, esse texto que tô compartilhando aqui é meio que um pedacinho do meu coração, sabe? Uma reflexão sincera sobre como a terapia mudou minha visão das coisas, e o que me levou a escolher a Psicologia como profissão. Queria ser aquela pessoa que está lá, ajudando, compreendendo e apoiando cada jornada que passasse pela minha clínica.

Cada experiência, cada lição que aprendi na minha vida pessoal, me motiva a dedicar 100% de mim a cada caso.

Porque sei o poder e a responsabilidade que a psicologia tem, o quanto ela pode transformar vidas.

Então, é isso que me move: ser essa profissional que está lá, de coração aberto, para auxiliar em cada passo, em cada desafio que alguém decide enfrentar. É um privilégio poder ser parte desse processo de transformação e crescimento.

Agora, segue o texto:

“Há momentos na vida em que nos vemos carregando um peso emocional que parece insustentável.

Foi assim que me senti quando decidi marcar uma consulta com uma psicóloga. A ideia inicial era simples: desabafar, ter alguém que me ouvisse sem julgamentos, alguém que pudesse compartilhar o fardo das minhas preocupações.

No entanto, o que aconteceu naquela sala de consultas foi muito mais profundo e transformador do que eu poderia imaginar.

No dia da consulta, entrei no consultório com um turbilhão de emoções, expectativas e dúvidas. A psicóloga me recebeu com um sorriso acolhedor, e logo me senti à vontade para começar a falar sobre minhas preocupações e angústias.

Falar sobre meus problemas trouxe um certo alívio, mas conforme a conversa avançava, percebi que havia algo diferente acontecendo.

A psicóloga não estava apenas ouvindo, ela estava fazendo perguntas perspicazes que me levavam a explorar mais profundamente meus sentimentos e pensamentos.

Ela me encorajou a refletir sobre as razões por trás das minhas reações emocionais e a examinar padrões de pensamento que eu nunca havia considerado antes.

Foi como se ela estivesse me guiando para uma jornada interna de autoexploração.

À medida que o diálogo progredia, comecei a perceber que a consulta não se tratava apenas de desabafar, mas sim de me ouvir.

Aquela voz interna que muitas vezes é abafada pelo barulho do cotidiano estava sendo finalmente ouvida.

A psicóloga me ajudou a entender que a autoescuta não é apenas uma forma de reconhecer nossas preocupações, mas também uma ferramenta para compreender a nós mesmos em um nível mais profundo.

Ao longo da sessão, percebi que, muitas vezes, as respostas para minhas próprias perguntas estavam dentro de mim.

Através das perguntas da psicóloga e da reflexão guiada, comecei a conectar os pontos, a compreender minhas motivações e a reconhecer padrões que estavam afetando minha vida de maneiras sutis, porém significativas.

Quando saí da consulta, não estava apenas mais leve, estava mais consciente de quem eu era e do poder que a autoescuta possui.

A experiência me ensinou que, embora seja valioso ter alguém que nos ouça, também é essencial nos ouvirmos.

A autoescuta é um ato de autocompaixão, é um caminho para o autodescobrimento e crescimento pessoal.

Aquela consulta com a psicóloga transformou minha perspectiva sobre terapia e autoconhecimento.

Hoje, vejo que a jornada de compreender a mim mesma é contínua, e a prática da autoescuta é uma ferramenta que posso usar todos os dias para me conectar com minhas emoções, pensamentos mais profundos e aspirações genuínas.”

É importante ressaltar que a orientação e insights fornecidos pela psicóloga foram fundamentais para essa jornada, destacando que o verdadeiro poder da autoescuta é potencializado quando combinado com a sabedoria e orientação de um profissional qualificado.

Daniela Viriato
CRP 03/10301

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